Château de la Mallevieille Rosé 2011

Idas e Vinhas

Enquanto aguardamos o inverno carioca se mostrar, degustamos um rosé da região francesa Bergerac, o Château de la Mallevieille Rosé 2011.

A região
Bergerac é uma região vinícola do Sudoeste da França, ao longo do rio Dordogne. Embora produza vinhos há muito tempo (há registros que datam de 1250), sempre ficou à sombra da célebre vizinha Bordeaux. Há críticos, no entanto, que afirmam que os melhores Bergerac se equiparam a muitos Bordeaux, com a vantagem de preços mais atrativos. 

Idas e Vinhas

Pela proximidade com Bordeaux, o que implica em semelhança significativa de clima e solos, os vinhos de Bergerac são feitos com as mesmas castas e técnicas. A qualidade dos vinhos vêm melhorando à medida que os produtores vêm investindo em tecnologia e envelhecimento em carvalho, mas de modo geral são vinhos de estilo mais leve, para serem consumidos jovens. Um dos aspectos que talvez ainda prejudiquem o avanço da região no sentido de produzir vinhos mais complexos voltado ao mercado em geral é que a demanda local é bastante forte e aprecia seu estilo mais rústico.

O produtor
O Château de Mallevieille está situado à margem direita do rio Dordogne, próximo a cidade de Monfaucon. Seus 30 hectares de vinhas atualmente em produção são cultivados por Philippe Biau desde 1983.

Desses 30ha, a maior parte – 20ha – é dedicada ao cultivo de castas tintas, sendo 60% Merlot, 20% Cabernet Franc, 10% Cabernet Sauvignon e 10% Malbec. Os 10ha de castas brancas compreendem Sauvignon Blanc 50%, Sémillon 25% e Muscadelle 25%.

Vamos ao vinho?
Château de la Mallevieille Bergerac Rosé 2011
50% Merlot, 50% Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon.
Cor cereja claro, com aromas frutados de morangos, cerejas em calda e um interessante toque de canela. Em boca, boa acidez, bom corpo e taninos extremamente leves. Equilibrado, com final médio e boa persistência.

Gostaríamos de provar uma safra mais jovem, que pode apresentar ainda mais vivacidade.

Um vinho correto para a faixa de preço, ideal para tardes quentes e uma boa opção para quem ainda não se aventura nos tintos.

Nota IV: 79
Importadora: Everest 

Fontes consultadas para esse post:
Vinhos Franceses – Robert Joseph Revista
Decanter, edição Dez/2013

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