Produtores relatam
danos generalizados em Bordeaux, Borgonha e Champagne, com alguns perdendo toda
a safra de 2017.
A última semana de abril está sendo dramática. Os vinhedos das regiões de Bordeaux, Borgonha e Champagne foram severamente castigados pelas
consecutivas noites de geada, sendo a pior a que aconteceu hoje (28/04/17). Somente os
vinhedos localizados nas encostas e platos se salvaram. Segundo os produtores, essa foi a pior geada desde 1991.
Nessa época do ano, na Europa, as videiras estão muito vulneráveis. É quando começam a liberar os seus primeiros brotos. Estão
despertando do estado de dormência.
Segundo Xavier
Couman, presidente do sindicato de vinhos e destilados de Bordeaux,
estima-se que praticamente 50% da safra de 2017 foi perdida.
Em Bordeaux, Pomerol e Saint-Emilion (margem direita) foram as regiões mais afetadas. Pessac-Léognan, Graves e parte do Médoc (margem
esquerda) foram poupadas.
Já na Borgonha
os produtores de Chablis fizeram o
que estava ao seu alcance para tentar amenizar os estragos da geada. Acender fogueiras
(conhecidas como velas) entre as parcelas de vinhedos foi a opção mais comum e
que trouxe os melhores resultados. As comunas mais atingidas foram Maligny, Lignorelles e Ligny-Le-Chatel
e algumas partes de Beines e Courgis.
Em Champagne, a estratégia foi pulverizar água nas vinhas quando a temperatura caiu o suficiente
para criar uma camada protetora de gelo, isolando os brotos vulneráveis da
planta.
Enquanto os produtores de Champagne ainda avaliam a
extensão dos danos em seus 81 mil hectares de vinhedos, o grupo de comércio
local CIVC
(Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne) estima que 25% da safra foi
comprometida.
Embora seja muito cedo para relatórios oficiais, ainda levará
tempo para avaliar e contabilizar os danos.
*Fonte: Wine Spectator
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