A última quarta-feira, 27 de
Agosto de 2014, foi dedicada à degustação de uma primorosa seleção de vinhos e
produtos gourmet do portfólio da Casa Flora. A importadora promove esse tipo
de evento periodicamente, como forma de estreitar o contato com seus clientes e
formadores de opinião.
Nessa noite, os
rótulos apresentados integravam a seleção pessoal do Diretor Comercial, Humberto Cárcamo. Ao chegarmos, Cava Gramona Allegro Reserva Brut
de boas vindas, além da mesa de frios já preparada: Queijo Virgilio Parmigiano Reggiano, frios espanhóis (Josep Llorens), pão e azeites.
Os vinhos já
estavam devidamente preparados, alguns no decanter, fornecendo um panorama de
alguns dos melhores países produtores - França, Itália, Portugal e Chile, além
do cava representando a Espanha.
Quando um número
significativo dos convidados já estava presente, Abel Mendes iniciou a
degustação.
Vamos aos vinhos?
A
região de Penedès, na Catalunha, responde por 75% da produção de cava. Para
receber a denominação de cava, o espumante deve ser produzido pelo método
champenoise. O Gramona Allegro é um belo exemplar, de aromas frutados e
levemente florais, boa acidez e final muito agradável.
Domaine de la Cour du Roy Chablis Vaillons 1º Cru
2011 (Vaillon/Chablis – França)
Vaillon
é um dos mais vastos vinhedos Premier Cru de Chablis. O rótulo apresentado
representou muito bem a região. Amarelo palha, com intensos aromas minerais,
frutas secas e maçã verde. Muito boa acidez e final levemente amargo.
Domaine François Xavier de Vaux Pommard Clos Micault 1º Cru 2009
(Pommard/Borgonha – França)
Os
vinhos da appelation Pommard costumam ter bom corpo e estrutura para guarda.
Esse exemplar, de bela cor rubi, apresentou aromas de frutas vermelhas, ameixas
maduras, tabaco. Equilibrado, com boa acidez e taninos muito agradáveis.
Aromas
intensos de frutas negras, chocolate e de evolução. Bom corpo, com taninos
muito marcantes e boa acidez. Vinho de guarda, certamente.
O excelente
supertoscano Silicum (corte de Sangiovese, Merlot e Syrah) foi apresentado em
outros eventos na Casa Flora e também foi um dos destaques da degustação sobre
a Toscana que o Idas e Vinhas promoveu em agosto do ano passado (veja
post aqui). Rubi escuro, aromas intensos de ameixas maduras
e café. Encorpado, taninos marcantes e boa acidez. Final longo e intenso.
Luccarelli Primitivo di Manduria Old Vines 2011
(Puglia – Itália)
Cor
rubi muito escuro, aromas intensos de passas, frutas negras maduras e tabaco.
Em boca é aveludado, encorpado de final longo e adocicado. Excelente.
Cor
granada e apresentando aromas de evolução, tabaco e especiarias. Vinho maduro,
mas ainda com boa acidez e estrutura, taninos marcantes de muito boa qualidade.
A
linha Duorum nunca decepciona, e com o Reserva Vinhas Velhas não foi diferente.
Cor rubi intenso e muito escuro, aromas de frutas negras maduras, tabaco e
geleia. Taninos marcantes e agradáveis, bom corpo e boa acidez.
O
nome O.Leucura faz referência ao projeto da vinícola de proteger o pássaro
Chasco-preto (Oenanthe Leucura), que tem nas vinhas seu habitat.
Os
dois vinhos O.Leucura são produzidos da mesma forma, o que os diferencia é a
altitude dos vinhedos (200m e 400m). A intenção é salientar as diferentes
características da diferença de altitude.
Realmente
são bem semelhantes. Estruturados, com aromas de frutas vermelhas e negras, e
passas. Taninos marcantes e muito boa acidez (o cota 400m com acidez levemente
mais alta, que pode ser atribuída à maior altitude), indicando o potencial de
guarda e evolução.
O
ícone da Viña Casablanca só é lançado em anos cuja safra foi considerada excepcional.
O exemplar de 2009 é um Syrah (em 2007 foi um blend Syrah-Merlot, e pode variar
a cada lançamento) encorpado, com aromas marcantes de frutas negras e
especiarias. Taninos agradáveis, final intenso.
O VSC (corte de Cabernet
Sauvignon, Malbec, Carmenère e Petit Verdot) é um dos ícones da vinícola, e
traz as suas iniciais no rótulo. Aromas de frutas vermelhas e flores
(violetas), com boa estrutura e acidez. Final agradável.
O Herencia é o outro ícone da Santa Carolina, e
representa a história de mais de 135 anos da vinícola. Em Outubro do ano
passado participamos de uma degustação de 3 safras do Herencia, inclusive a
safra 2008 (veja aqui), e outros vinhos da Santa
Carolina.
Estruturado, o Herencia tem bom potencial de guarda. Confirmamos as
impressões que tivemos ano passado. Aromas de especiarias, café, tabaco e
frutas vermelhas, além de notas vegetais e tostadas. Taninos macios, de final
longo e levemente amargo.
Mais
ou menos na metade da jornada, foi servido o prato quente. Nessa noite, quem
esteve à frente foi o Chef excutivo da Casa Flora, Marcelo Giachini.
Marcelo preparou um corte de lombo preto alentejano assado na grelha com
legumes também grelhados e salada verde. Uma delícia!
![]() |
Chef Marcelo Giachini |
E
quando já nos preparávamos para ir embora, tivemos que adiar a partida em
função de um novo round com rótulos da preferência dos presentes.
Foi mais um encontro onde tivemos a oportunidade de
provar novos vinhos, degustar novamente outros que apreciamos, além de rever os
amigos e conhecer mais apreciadores da bebida.
Afinal, o vinho agrega e aproxima as pessoas, e isso Humberto
Cárcamo e Abel Mendes fazem muito bem.
Difícil foi eleger os melhores da noite.
Para nós, o Top 3 foi:
Luccarelli
Primitivo di Manduria Old Vines 2011
Domaine François
Xavier de Vaux Pommard Clos Micault 1º Cru 2009
Duorum
Reserva Vinhas Velhas 2008
Gostaria de saber como entrar em contato com vcs para falar sobre parceria.
ResponderExcluirThiago
thiago@msib.com.br
Obrigado