Estivemos
na Vinícola Cainelli em janeiro
de 2015, na mesma ocasião em que retornávamos a Bento Gonçalves para revisitar
a Cristofoli (que já havíamos visitado
no ano anterior). Aliás, foi o pessoal da Cristofoli que, muito gentilmente, nos ajudou com o
agendamento do passeio na Cainelli.
Esta singela e pequena vinícola está situada às margens da BR 470, no Distrito Tuiuty - em um trecho da estrada com bela paisagem e alguns mirantes no
entorno. Como só tínhamos disponível
um dia em que a vinícola não teria programação de seu grande evento (e que tanto queríamos fazer): a colheita e a “pisa” das uvas, a solução encontrada pela família Cainelli para nos atender foi oferecer um passeio de tuc-tuc que...
amamos!
(“Taí” um diferencial arrebatador entre se fazer visitas a vinícolas no exterior ou no seu país - afora as diferenças propriamente enológicas, claro... Não há nada como o acolhimento, o sentimento de "irmandade", o bom "jeitinho brasileiro" que se dá na hora de receber um turista desavisado que chegou em momento, digamos, impróprio... O brasileiro te acolhe, arruma mais uma cadeira e te convida pra sentar, dá o seu jeito. Em outros países, na grande maioria das vezes, te apontam a plaquinha de "fechado" no canto do estabelecimento... (com deliciosas exceções, claro, mas não é o comum lá fora). Não queremos defender que um esteja certo e o outro errado, de modo algum! Mas é fato incontestável que não há coisa mais gostosa nesse mundo de Deus do que se sentir bem recebido e acolhido! Mesmo (ou principalmente) quando você sabe que não poderia exigir ou esperar isso...)
(“Taí” um diferencial arrebatador entre se fazer visitas a vinícolas no exterior ou no seu país - afora as diferenças propriamente enológicas, claro... Não há nada como o acolhimento, o sentimento de "irmandade", o bom "jeitinho brasileiro" que se dá na hora de receber um turista desavisado que chegou em momento, digamos, impróprio... O brasileiro te acolhe, arruma mais uma cadeira e te convida pra sentar, dá o seu jeito. Em outros países, na grande maioria das vezes, te apontam a plaquinha de "fechado" no canto do estabelecimento... (com deliciosas exceções, claro, mas não é o comum lá fora). Não queremos defender que um esteja certo e o outro errado, de modo algum! Mas é fato incontestável que não há coisa mais gostosa nesse mundo de Deus do que se sentir bem recebido e acolhido! Mesmo (ou principalmente) quando você sabe que não poderia exigir ou esperar isso...)
Não
havendo, então, como nos receber para a experiência (tão desejada por nós) da colheita e pisa,
a família Cainelli nos ofereceu esse passeio de tuc-tuc (uma espécie de
“tratorzinho” utilizado pelos produtores da região – neste caso, adaptado para
receber turistas a bordo). Quem nos guiaria em tal aventura seria o carismático
e divertido senhor Nei, um também produtor local que, entre parreirais e
construções históricas, entre grandes vinícolas e pequenos lotes de
agricultores locais, entre chão de terra e trechos de estrada, nos contava "causos", apontava lotes de moscatel, de merlot, fazia piadas, tornando o passeio
mais que especial! Um senhor muito sábio, espirituoso e... famoso! (Há um monte
de matérias sobre o Sr. Nei na internet). Ele roubava a cena muitas vezes, por mais que a paisagem fosse linda a nossa
volta!
Paradinha para espiar a vista, contemplada também pelo Sr. Nei. |
A vista! |
![]() |
Na lida |
E a "turistada" se esbaldando... |
(Ah! É muito importante usar repelente nesse
passeio! Sobretudo nessa paradinha no parreiral. As muriçocas fizeram a festa!)
![]() |
Oratório representativo dos costumes nas casas italianas - exposto na casa-museu da Cainelli |
E a degustação? Após o passeio de tuc-tuc e a
visita ao museu, fomos muito bem recebidos pelo jovem enólogo, Roberto Cainelli
Jr., responsável pelo novo impulso dado a esta bodega. Roberto, tal como Bruna
(da Cristofoli), ingressou nos cursos técnico e superior em enologia para
conhecer mais sobre a arte de fazer vinhos e levar a produção do vinho familiar
a outro patamar, mais refinado, respeitável e competitivo. O entusiasmo e
simpatia ao contar um pouco sobre a história da família e, principalmente, ao
elencar as características de seus vinhos são realmente encantadores. Não há
como não se envolver.
É “mais
passeio” ou é “mais vinho”?
Não há como não ser “mais
passeio”. Não
que os vinhos deixem a desejar, mas a vocação turística da Cainelli é
inegável e irrenunciável. O passeio de tuc-tuc e a visita autoguiada ao
pequeno museu são muito interessantes (e olha que não participamos da
colheita e pisa das uvas...). Quanto aos vinhos, provamos os
rótulos Espumante Brut, Espumante Moscatel, Lorena (uma variedade desenvolvida pela EMBRAPA) e Merlot. Gostamos
dos espumantes, muito simpáticos, e o branco, Lorena, foi uma grata e
interessante experiência. Certamente voltaremos à Cainelli para
completar o resto do passeio (afinal, ainda nos falta a colheita e a
pisa!) e para, certamente, trazer alguns rótulos mais para casa.
Tim-tim!
Enocuriosos
*fotografias
de Dagô e Simone.
Comentários
Postar um comentário