A linha Chacai,
composta pelo Chardonnay e pelo
blend de Cabernet Sauvignon e Franc,
une-se ao The Franq Rouge para
formar a tríplice coroa dos vinhos de montanha de William Fèvre Chile.
Quando se fala em Chardonnay, quem está
familiarizado com os vales chilenos logo pensa no Valle de Casablanca. A região que antes era dedicada à pecuária,
descobriu sua vocação para a vinicultura e desde os anos 90 vem construindo
excelente reputação. O clima frio e o solo são favoráveis à Chardonnay e à
Pinot Noir.
Mas então porque William Fèvre se dedicou a fazer
esse vinho no Vale do Maipo,
conhecido pelos Cabernet Sauvignon? Bom, pelo que já conhecemos, ele gosta de
desafios. E o conhecimento que lhe rende fama pelos incríveis Chablis que porduz na Borgonha com certeza é fundamental.
Além disso, as uvas para o Chacai Chardonnay vem do Alto Maipo, de um vinhedo minúsculo em San Juan de Pirque, a cerca de 1000 metros de altitude. O clima
frio, a insolação e o solo com alta drenagem proporcionam frescor e acentuam os
aromas.
Além disso, o método de vinificação é interessante.
Segundo informações do produtor, as uvas são prensadas utilizando o método que
alguns chamam de método de “Cahampagne”, ou seja, os cachos são prensados
inteiros, com os engaços, o que proprociona estrutura em boca. Todo o suco é
fermentado em barricas de carvalho francesas, com contínua mistura do vinho com
as borras (‘batonnage’). Apenas 25% do lote passa pela fermentação malolática (que
reduz a acidez) para conferir um pouco de cremosidade ao vinho. Após 14 meses
em contato com as borras, o vinho é engarrafado e só é liberado para o mercado
após alguns meses.
Vamos ao vinho?
Chacai
Chardonnay 2011
D.O. Pirque. Vale do Maipo.
100% Chardonnay. Fermentado
em barricas de carvalho francês, onde permanece 14 meses para então envelhecer
em garrafa. 14,2% de álcool.
Cor amarelo ouro, com
reflexos dourados.
Bastante rico e intenso em
aromas. Os florais aparecem primeiro – flor de laranjeira, lírios e jasmim.
Girando a taça, abacaxi maduro, capim limão, amêndoas torradas, côco queimado,
chá de camomila e sutil amadeirado. Em boca tem ótimo corpo, é muito
equilibrado, com acidez fresca. Álcool muito bem integrado. Aromas de boca
intensos e persistentes, destacando-se os florais e o coco queimado. Final também
intenso e persistente, com agradável fundo de mel e levemente amadeirado.
Um branco gastronômico!
Ostras, peixes de carne branca, até mesmo uma bacalhoada.
Nota IV: 91. Vinho de estilo
e caráter superiores, torna especial qualquer ocasião.
Descorchados 2013: 94
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