Em busca do Torrontés perfeito... Susana Balbo – Crios Torrontés 2015

Idas e Vinhas
Susana Balbo também tem a sua parcela de “culpa” em fazer com que eu aprecie tanto essa subestimada casta. Crios foi o segundo rótulo que provei (o primeiro foi o Colomé) e isso já faz bastante tempo e desde então acompanho as suas safras com entusiasmo. Veja aqui o que achei da 2015.

O Crios ganha um ponto a mais por ter feito com que os meus pais dessem uma chance aos vinhos brancos. Hoje eles também são apreciadores e acredito que já devam ter o seu preferido.

Susana Balbo tem grande reputação entre os produtores argentinos. Em 1981 recebeu o diploma de enóloga e se tornou a primeira mulher produtora de vinhos na Argentina. Em Salta, trabalhou na Michel Torino e depois passou pela Catena Zapata, em Mendoza. Foi presidente da Wines Of Argentina de 2006 a 2010 e 2014 a 2016.

Seu projeto pessoal teve início em 1999 com a construção da vinícola em Lujan de Cuyo, Mendoza (ficou pronta em 2002). Desde então começou a produzir os seus próprios rótulos, dentre eles o Crios, que teve a primeira safra em 2003 e foi um dos vinhos responsáveis por apresentar o potencial da casta a outros mercados, principalmente o americano. Desde então recebe boas criticas da mídia especializada (a revista Wine Spectator é uma delas).

Já escrevemos sobre a região e a uva aqui.

Vamos ao vinho?
Uvas provenientes de 70% de Cafayate (Salta) e 30% de Altamira, Valle de Uco (Mendoza). 14% de álcool.

Cor verdeal claro. Com aromas bastante finos, intensos e persistentes de rosas, limão, graviola, maracujá e casca de tangerina, capim limão, alecrim e alguma nota floral. Corpo leve, acidez fresca, macio e álcool equilibrado. Final de boca muito persistente com retrogosto de maracujá.

Continua muito bom e altamente recomendável!

Nota IV: 87
Descorchados: 91
Importadora: CANTU

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