Após
o excelente almoço na Casa Silva (veja
post aqui) nos dirigimos à Viña VIK, o que levou quase duas horas.
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Entrada da vinícola |
A região
A
VIK fica em uma microregião chamada Millahue Valley (Local de Ouro na língua indígena), ao norte do Valle de Apalta,
subregião do Valle de Colchagua, a cerca de 180 km ao sul de Santiago. Fica
próxima da Casa Lapostolle e da Viña Montes, só que do outro lado da montanha,
o que deixa a VIK um pouco isolada.
A
VIK, com seus impressionantes 4300 hectares (sendo 394 ha de vinhas) está
localizada no interior do Millahue, em um local recortado por vários
desfiladeiros. A vinícola se espalha por 12 pequenos vales, e essa condição
cria uma variedade muito grande de microclimas, pois as condições de exposição
ao sol e aos ventos são muito variadas. Essas peculiaridades foram
minuciosamente estudadas para a escolha das castas que seriam plantadas em cada
quartel. Afinal, o objetivo é produzir um vinho que esteja entre os grandes!
O
clima da região também favorece o crescimento de castas viníferas. Pouca chuva,
temperaturas moderadas e constantes durante o dia e noites muito frias. A
posição geográfica da VIK também se beneficia do vento frio (2 a 3ºC) que chega
na madrugada, vindo do Pacífico pelo caminho formado pela montanha Los Lazos e
atravessando a propriedade. Esse vento resfria os vales e previne a desidratação
das uvas, reduzindo o risco do aparecimento de fungos nos cachos.
A vinícola
Em
2004, o empreendedor norueguês Alexander Vik iniciou o projeto de formar um
vinhedo de qualidade excepcional, capaz de produzir um vinho único, especial.
Foram
dois anos de pesquisas pela América do Sul, até que a propriedade no Valle de
Millahue fosse escolhida. A primeira safra, lançada em 2009, foi um sucesso,
completamente vendida ainda nas barricas.
Nesses
três anos, a vinícola segue em franco desenvolvimento, com alta tecnologia e
técnicas sustentáveis. A nova bodega, super moderna, ainda está em construção,
assim como o hotel.
Em
nossa visita, pudemos degustar a safra 2010 e as parcelas que irão formar o blend do VIK 2011.
Passeio pelos
vinhedos e a degustação
Atravessamos
a entrada da vinícola e nos dirigimos ao lodge,
para deixar nossa bagagem e aguardar o enólogo que nos receberia. Foi só o
tempo de deixar as malas no quarto e ir ao encontro de Gonzague de Lambert, da
equipe de enólogos.
Bastante
simpático, Gonzague tem um currículo impressionante. Sua família é dona da
vinícola Château de Sales, no Pomerol (França), que produz cerca de 15000
garrafas por ano. Com apenas 36 anos, está há cerca de 8 anos no Chile e
trabalha no projeto da VIK desde o início. Ao ser perguntado porque resolveu
deixar a França, respondeu que o Chile representava um desafio, uma
oportunidade de aplicar novas técnicas. Na França não há espaço para inovações
significativas, praticamente tudo já foi inventado.
Gonzague
nos levou por um tour pelos vinhedos,
que durou cerca de 1 hora. Foi possível perceber os diferentes terroirs, examinamos as videiras das
diferentes castas, o princípio de irrigação...
A
VIK utiliza o sistema de plantio por porta-enxerto, são vários tipos,
dependendo de cada microterroir. As videiras são plantadas em sistema adensado
( 8 a 10 mil plantas por hectare), pois dessa forma a competição entre as
plantas faz com que desenvolvam raízes mais profundas. Para que isso aconteça,
as plantas são irrigadas por 3 a 4 anos.
Após
o belo passeio, nos dirigimos à bodega para a degustação. Podemos dizer que foi
uma das melhores experiências nesse sentido. Embora a VIK produza apenas um
único vinho, a degustação que foi preparada foi realmente especial.
Antes
da degustação, Gonzague nos mostrou a maquete da nova bodega, com todos os detalhes,
onde belos espelhos d’água, além da beleza, irão auxiliar no controle da
temperatura. Também foi apresentado um breve vídeo promocional sobre o projeto
VIK.
Como
referência tínhamos o VIK 2010, que está no mercado. Em seguida, cuidadosamente
dispostas ao seu redor, 9 taças guardavam amostras do que será o VIK 2011. Ou
seja, tivemos o privilégio de provar os diferentes lotes que estavam repousando
nas barricas antes que os enólogos decidam o blend do vinho que será lançado.
Cada
taça representava um lote diferente. Ou seja, mesmo se as taças fossem de uma
mesma casta, o quartel era distinto, pois as uvas de cada quartel são
vinificadas e estagiam separadamente nas barricas.
Das
9 taças, 3 eram de Cabernet Sauvignon, 1 de Cabernet Franc, 1 de Merlot, 1 de
Syrah e 3 Carmenère.
Foi
uma verdadeira aula!! Foi possível distinguir as características de cada casta,
bem como dos diferentes quartéis.
O
vinho é realmente excelente. Encorpado, complexo, com destaque para as frutas
vermelhas, notas florais e minerais. É um vinho que tem potencial de guarda,
mas já está pronto e é bastante agradável quando jovem.
A hospedagem no lodge
Após
a degustação, nos dirigimos ao lodge,
onde passaríamos a noite.
O
local é de uma beleza impressionante, e o lodge
é muito aconchegante. Rústico e sofisticado ao mesmo tempo, com muito conforto.
Às
20h em ponto, nosso jantar foi servido. Comida preparada com esmero,
acompanhada do belo VIK 2010.
Na
manhã seguinte, após um delicioso café da manhã, a relações públicas Sabrina
Fière veio nos desejar boa viagem. Muito gentil e simpática!
Muito
obrigada à equipe VIK, que nos recebeu com tanta delicadeza e atenção. Foi uma
experiência inesquecível!!
Em
seguida, partimos para o próximo destino: Viña Montes.
Acompanhe a nossa maratona abaixo:
Idas e Vinhas na estrada - Roteiro completo da Volta ao Chile
Idas e Vinhas na estrada – 10/12/2012 - Viña von Siebenthal – Valle de Aconcagua
Idas e Vinhas na estrada – 10/12/2012 parte II - Viña Errazuriz – Valle de Aconcagua
Idas e Vinhas na Estrada – 11/12/2012 parte I – Casa Marín – Valle de San Antonio
Idas e Vinhas na Estrada – 11/12/2012 parte II – Matetic – Valle de San Antonio
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte I – Altaïr – Valle de Cachapoal
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte II – Santa Helena – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte III – Almoço Casa Silva – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte I – Viña Montes – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte II – Casa Lapostolle – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte III – Neyen – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte I – Viña Aquitania – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte II – Viña Almaviva – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte III – Antiyal – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 15/12/2012 parte I – Viña Veramonte – Valle de Casablanca
Idas e Vinhas na Estrada – 15/12/2012 parte II – Viña Loma Larga – Valle de Casablanca
Idas e Vinhas na estrada – 10/12/2012 - Viña von Siebenthal – Valle de Aconcagua
Idas e Vinhas na estrada – 10/12/2012 parte II - Viña Errazuriz – Valle de Aconcagua
Idas e Vinhas na Estrada – 11/12/2012 parte I – Casa Marín – Valle de San Antonio
Idas e Vinhas na Estrada – 11/12/2012 parte II – Matetic – Valle de San Antonio
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte I – Altaïr – Valle de Cachapoal
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte II – Santa Helena – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 12/12/2012 parte III – Almoço Casa Silva – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte I – Viña Montes – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte II – Casa Lapostolle – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 13/12/2012 parte III – Neyen – Valle de Colchagua
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte I – Viña Aquitania – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte II – Viña Almaviva – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 14/12/2012 parte III – Antiyal – Valle del Maipo
Idas e Vinhas na Estrada – 15/12/2012 parte I – Viña Veramonte – Valle de Casablanca
Idas e Vinhas na Estrada – 15/12/2012 parte II – Viña Loma Larga – Valle de Casablanca
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